quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A beleza do verso

A beleza do verso
É maior que a beleza da musa
O poeta cego em seu universo
abusa
Perde-se em suas neuroses
Abusa tudo em altas doses
O amor
É a destruição e a redenção
A dor
O coração
O verso
A inspiração
O universo
Tudo isso pulsa no mesmo coração
O coração repleto de dor
O poeta é uma estrela na imensidão
O amor é uma constelação
Musas vêm e vão
Poemas nada são
A não ser palavras envão
Quando não tocam o coração
De quem deveria
O poeta e sua poesia
São o esboço da mesma neurose
Um beijo seu é substituído por mais uma dose
No fundo eu sei que sou uma estrela morta
O brilho ainda existe
Sou uma linha torta
Um anjo triste
Do amanha nada sei
Em breve aqui não estarei
Mas tudo isso pode ser só mais uma neurose
Sigo bebendo a vida até a ultima dose.

2 comentários:

Unknown disse...

amei!

Anônimo disse...

As mais belas obras de um poeta são expostas por ele se aventurar em vários mundos, mundos existentes e mundos criados... Quão abusado pode ser um poeta em suas palavras!! Eis a satisfação mais sólida desse escritor...

adorei seus versos!!