Éos (a aurora) era acordada por Nix (a noite). Éos descansava após passar o turno para Hemera (o dia). Selene (a lua) sempre discreta saia despercebida e aparecia do mesmo modo para iluminar a noite e inspirar os apaixonados e os seus amados poetas que nunca se esqueciam dela. Hemera cuidava da claridade do dia e trabalhava para Hélios (o sol) as tochas e fogueiras eram apagadas nas ruas e Efesto deus do fogo tinha um pouco de paz ao menos no verão. Zeus todo poderoso nunca gostou da descrença que tomou o mundo e muito menos de ser chamado por ai de Júpiter, mas ficou feliz quando tiraram de suas costas todo peso pela infelicidade humana. Hades (deus do inferno) não gostou de perder a fama de deus e quando alguma alma desavisada aparece por lá clamando por piedade em nome de Deus pai único e misericordioso ele perde completamente a paciência. Com o fim do Olimpo por decisão unânime alguns deuses decidiram conhecer o mundo.
Bia (a violência) mudou-se para o Oriente médio, mas vive sem rumo pelo mundo e entre uma viagem e outra volta para faixa de Gaza divertindo-se muito com seu eterno amigo e também viajante Ares (o deus da guerra) a quem ela segue cultuado como seu deus de devoção.
Hebe (a juventude) quando passa pelo Brasil a passeio se nega em sintonizar TV na emissora de Silvio Santos temerosa em ver a imagem de Hebe Camargo cada vez mais velha e ninguém tira de sua cabeça que isso não é obra de Geras (a velhice).
Eros (o amor e força predominante para harmonia no cosmo e responsável pela atração entre os mortais) segundo as más línguas vai muito bem ao lado da linda Psiqué e ainda acredita ser possível manter uma boa relação com seu irmão Anteros (a repulsa).
Deimos (o terror), Fobos (o medo) e Êris (a discórdia) vivem se encontrando para beber e relembrar histórias. Enquanto Aidos (o pudor e a honra) anda sumido do convívio com os amigos dizem que devido a uma depressão, mas nunca se sabe dizem as bocas pequenas que ele nunca trabalhou e atualmente menos ainda e que anda sumido por falta de novidades para contar.
Tykhe (o acaso) segue sendo imprevisível como toda mulher e não perdoa se por acaso se esquecem que ela é uma divindade. Adrásteia (a inevitável) que em seus áureos tempos personificava a justiça inexorável vive só de aparência e constantemente é esquecida.
Afrodite deusa do amor e da fertilidade que antes dizia para quem quisesse ouvir que tinha nascido das espumas do mar hoje não só nega como raramente se banha nele devido ao descaso humano, Ponto (o mar) é seu amigo sujo segundo ela, mas mesmo assim querido e belo. Urano (o céu) às vezes sente falta da solidão e chora feito uma criança se esquecendo que é um deus.
Fatum (deus do destino) parece um menino brincando com nossos destinos e adora os postais que Zeus lhe envia de lugares sem destino e faz planos, seus olhos brilham como os olhos do poeta diante de seu amor.
Fáon (a fome) reside na África, mas tem casa em quase todas as partes do mundo graças à cooperação de Cratos (o poder) sempre tão egoísta. Noto (o deus do vento sul) ri do ‘’El niño’’e Pluto (a riqueza) segue se dando a poucos.
Deimos (o espanto) não entende como Ares (deus da guerra), Fáon (a fome) e Tânatos (a morte) não se cansam de andar juntos após tantos milênios.
Mania (a loucura) dominou os seres humanos e Lete (o esquecimento) apossou-se de nossas mentes e não conseguimos conviver totalmente com Irene (a paz). O pobre poeta só pode pedir Hipnos (o sono) que o faça sonhar com um mundo onde ‘’ops’’ seja mais que o perfume apaixonante da minha amada e a terra (Geo) volte a ter a atenção de Ops (deusa da abundância).
Mnemosine (a memória) luta para que o mundo não esqueça a mitologia e o poeta contribui, mas pede a Mnemosine que lembre sempre ao deus menino, filho de Vênus de lançar suas flechas sobre o mundo e que lembre a Nike (a vitória) e a Irene (a paz) que não podem deixar de ser amigas.
O ‘’poeta’’ se despede cumprindo sua função de escrever sobre tudo embora tudo lembre ela que é mais bela que Hera, Afrodite ou Psqué.
sábado, 13 de setembro de 2008
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