Escondido em uma folha em branco
É nessa folha que fica
Quem realmente sou
O palhaço que ocupa o meu lugar
Que fala por mim
Que é fraco
E que está sempre próximo do fim
O cara que eu seria
Perdeu-se pelos becos do mundo
Odeia o dia
Ama a noite e o submundo
Nega e não se entrega ao amor
Mas é fraco e se apaixona
E me culpa
Pára de escrever
Como se a culpa fosse minha
Por ele ser tão fraco quanto eu
O cara que eu seria
Foi aprisionado e só vive na poesia
O ‘’garoto forte e seguro’’
Esconde-se com uma lanterna para escrever no escuro
E essa folha é só o que nos une
O meu corpo não é mais meu
Sou meramente um clone desse outro eu
Só um aprendiz de poeta
Que jamais encontrará a palavra certa.
domingo, 7 de dezembro de 2008
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